eco conscious zero waste cosmetics - plant based - bulk

Mais água para amanhã, está nas nossas mãos, hoje!

A situação em Portugal

Lembra-se onde estava há 19 anos (em 2002)?

De certeza que sim! Se lhe parece que já passou uma vida entretanto, a verdade é que, provavelmente, também parece que foi ontem...

É esse mesmo lapso de tempo, 19 anos (ou seja, já em 2040), que temos, segundo o World Resources Institute (WRI)
1, até Portugal aparecer listado como um dos 26 países que correm um risco elevado de stress hídrico 2, isto quer dizer que, no atual cenário de consumo, nos preparamos para um cenário de escassez de água, em apenas duas décadas, em Portugal 3.

A agricultura consome cerca de 75% da água usada em Portugal, seguida pelo setor urbano - 20%, e industria 5%.
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O que têm os sabonetes e cosméticos a ver com agricultura? Muito!

Para produzir um sabonete, por exemplo, a matéria gorda é essencial; a percentagem de óleos vegetais usada depende de sabonete para sabonete, mas pode estar na ordem dos 70-95% do peso final de um sabonete produzido artesanalmente; os champôs sólidos e secos também integram muitos ingredientes que provêm da agricultura (vários óleos vegetais e essenciais, manteigas, extratos). Todos estes produtos têm uma pegada hídrica, para além de carbónica.

Como, na ec0p, contribuímos para um futuro com mais recursos?

Continue a ler abaixo


Fontes

1 - Water Resource Institute - WRI - pode explorar o mapa interativo aqui, recolhemos estes dados entre abril e maio de 2021.
2 - O risco Stress hídrico dá-se quando o rácio entre consumo e disponibilidade de água entra em desiquilíbrio; i.e: em que o consumo representa percentagens significativas das disponibilidades médias anuais. Estas previsões indicam que, já em 2014, o consumo vai corresponder a cerca de 40 a 80 % das disponibilidades médias anuais do país.
3 - 'Uso da Água em Portugal ' - um estudo do Programa Gulbenkian Desenvolvimento Sustentável; Fundação Calouste Gulbenkian e Return On Ideas, Março 2020.
4 - Idem, Ibidem , pp. 39, citando dados da Agência Nacional do Ambiente, 2015, para Portugal continental -
Não considera a água usada no setor energético

Como a Ec0p contribui

O desafio


Infelizmente, muitos ingredientes fundamentais para a produção de cosmética natural, ainda não têm a informação da sua pegada hídrica (PH) disponível e muitos dos estudos existentes têm anos quando, idealmente,  a PH deve calcular-se cada ano, para cada local porque as necessidades e disponibilidade de água diferem consoante estes fatores.

Apesar destes desafios e da falta de informação, informámo-nos junto dos fornecedores sobre a sua origem, e tentámos obter mais informações sobre o conteúdo (percentagem) de água usada. Partilhamos sempre a informação disponível, como ela não está sempre disponível com o mesmo detalhe, irão ver que nalguns ingredientes ela é mais extensa e em outros mais sucinta.


O objetivo com esta 'etiqueta hídrica' é sensibilizar e sensibilizarmo-nos, para podermos fazer melhor e gerir melhor o impacto das nossas escolhas.




Os ingredientes


Escolhemos os ingredientes das nossas formulações a pensar em si e no futuro de todos, ao optimizar os recursos naturais consumimos. E como? Não é fácil, mas é simples:


  • escolha de ingredientes tendo em conta a pegada hídrica dos mesmos


Damos primazia a matérias com menor pegada hídrica, reduzindo o impacto final dos nossos produtos, também temos em conta os meios de produção, por exemplo: os óleos vegetais do nosso sabonete provêm de culturas de sequeiro e o óleo essencial de uma cultura silvestre. Isto significa que não há recurso a rega artificial nestes ingredientes, nem sempre isto é sinónimo de eficiência hídrica maior, mas ao haver menos inputs energéticos (estufas, regas automáticas, etc) reduzimos o impacto a esse nível.


  • escolha de ingredientes tendo em conta a proximidade (evitando emissões de carbono)


Sempre que possível apostamos em produções nacionais, e em alternativa as mais próximas, evitando importar de muito longe. Alguns produtos fundamentais (como coco e derivados, por exemplo) só existem mesmo fora de Portugal, e da Europa, no entanto tentamos reduzir a sua percentagem nas nossas formulações ao mínimo indispensável.


  • embalamento



Escolhemos vender a granel, para possibilitar uma venda com mínimo embalamento e em maiores quantidades. Este passo parece ser simples, mas não é fácil! O embalamento serve funções importantes (proteção, acondicionamento) e a legislação existente na União Europeia e em Portugal exige a entrega de um rótulo claro juntamente com o produto. O nosso esforço vai no sentido de respeitar a legislação e encontrar formas criativas e eficientes de reduzir o desperdício com embalamentos descartáveis, possibilitando a utilização de embalamento circular., no caso do nosso champô seco, e alternativas (como a compostagem) para as saquetas dos nossos champôs sólidos.

Pegada hídrica dos nossos ingredientes (em atualização)

Informação hídrica ativos


Ativos



Ativos, ou ingredientes, são os componentes que dão características específicas às formulações cosméticas. Embora o champô sólido contenha uma percentagem alta de SCI e SCS, ambos tensioativos derivados do côco, estes são transformados e não poderíamos apresentar números aproximados. No entanto, outros ativos que utilizamos encontram-se mais perto da sua forma original e, por isso, compilámos informação sobre a pegada hídrica dos cultivos que lhes dão origem, de forma a ter uma ideia aproximada de quanto representam numa unidade do nosso champô sólido. Este exercício faz parte do nosso esforço de integrar ingredientes que sejam eficientes hidricamente, de forma a oferecer a todos produtos com um menor custo hidrico.



Mais sobre os ativos deste produto
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